Quando comecei a ver publicidade sobre este livro nas redes sociais e nos blogues e li a sinopse fiquei com imensa curiosidade e pensei cá para mim: "ora aqui está um tema polémico."
Quantas vezes não assistimos a birras de miúdos pequenos nos sítios mais incríveis (supermercados, restaurantes, jardins, shoppings) e pensamos para nós próprios: "aqueles pais não controlam o filho...mas que educação! Ai se fosse meu filho..."
E eis que surge a questão central: se fosse o nosso filho a fazer birras em público como agiríamos? ignorávamos? ficávamos tentados a dar-lhe uma palmada?
Foi com estas questões que parti para a leitura do livro "A bofetada" do autor Christos Tsiolkas: um menino de 3 anos leva uma bofetada numa festa e quem lhe dá a a bofetada nem é filho dele.
É este o cenário com que nos deparamos desde início e, ao longo da leitura, vamos viajar pelas vidas de oito pessoas que estavam na festa e assistiram a tudo: o que será que elas pensam e sentem sobre o assunto? Será que acham que o menino mereceu a bofetada? Será que condenam o acto do adulto e o acham errado?
Como seria de esperar, devido à temática polémica, as várias personagens terão posicionamentos diferentes face ao sucedido: uns acharam merecido e teriam feito o mesmo, outros condenam.
Este acto isolado vai dar início a uma análise por parte das várias personagens e assim vamos embrenhar-nos nas suas vidas: vamos conhecer amores, casamentos, famílias.
Durante a leitura deste livro eu reflecti, não só sobre a bofetada dada ao menino de três mas também sobre a vida das personagens e isto porque o autor leva-nos para um livro com uma escrita crua e dura, sem artifícios ou floreados, em que as coisas são ditas de forma directa e sem papas na língua, o que me deixou como leitora, especada a olhar para o livro enquanto lia certas partes.
Dei por mim a pensar: "este livro é muito mais do que um livro sobre uma bofetada a um miúdo de 3 anos". Isto porque as vidas das várias personagens são tão cheias de falsidades, traições, mentiras, infidelidades, tristezas, aparências que cheguei a pensar: "mas como é que esta personagem que, enquanto adulto, com este comportamento tão recriminável pode dar-se ao luxo de criticar ou ser a favor de uma bofetada?".
Entendem o que digo? Considero a bofetada um acto a condenar, contudo, antes de fazermos qualquer julgamento moral, temos de ter noção das circunstâncias em que acontece, se é um acto isolado, qual foi o comportamento da criança, qual a sua educação, qual o seu background familiar. E depois fiquei mesmo tão chocada com as vidas dalgumas personagens que não lhes reconhecia o direito de julgarem o adulto que deu a bofetada ao miúdo sem antes se analisarem a si mesmas e modificarem comportamentos pessoais, familiares e sociais.
Na minha opinião, é um livro que vai muito além do tema da bofetada. Uma leitura que recomendo pela sua intensidade, dureza, objectividade e riqueza de temas e personalidades e comportamentos.
Um livro que nos faz reflectir sobre os comportamentos, as vidas, as atitudes que tomamos. E, no que se refere, à bofetada que nos faz pensar sobre a importância da educação familiar no comportamento futuro da criança: uma criança não age, de certa forma errada, fazendo birras sem razão aparente, se tiver um ambiente familiar saudável e uma estrutura familiar potenciadora de uma educação e de uma conduta exemplar.
Quantas vezes não assistimos a birras de miúdos pequenos nos sítios mais incríveis (supermercados, restaurantes, jardins, shoppings) e pensamos para nós próprios: "aqueles pais não controlam o filho...mas que educação! Ai se fosse meu filho..."
E eis que surge a questão central: se fosse o nosso filho a fazer birras em público como agiríamos? ignorávamos? ficávamos tentados a dar-lhe uma palmada?
Foi com estas questões que parti para a leitura do livro "A bofetada" do autor Christos Tsiolkas: um menino de 3 anos leva uma bofetada numa festa e quem lhe dá a a bofetada nem é filho dele.
É este o cenário com que nos deparamos desde início e, ao longo da leitura, vamos viajar pelas vidas de oito pessoas que estavam na festa e assistiram a tudo: o que será que elas pensam e sentem sobre o assunto? Será que acham que o menino mereceu a bofetada? Será que condenam o acto do adulto e o acham errado?
Como seria de esperar, devido à temática polémica, as várias personagens terão posicionamentos diferentes face ao sucedido: uns acharam merecido e teriam feito o mesmo, outros condenam.
Este acto isolado vai dar início a uma análise por parte das várias personagens e assim vamos embrenhar-nos nas suas vidas: vamos conhecer amores, casamentos, famílias.
Durante a leitura deste livro eu reflecti, não só sobre a bofetada dada ao menino de três mas também sobre a vida das personagens e isto porque o autor leva-nos para um livro com uma escrita crua e dura, sem artifícios ou floreados, em que as coisas são ditas de forma directa e sem papas na língua, o que me deixou como leitora, especada a olhar para o livro enquanto lia certas partes.
Dei por mim a pensar: "este livro é muito mais do que um livro sobre uma bofetada a um miúdo de 3 anos". Isto porque as vidas das várias personagens são tão cheias de falsidades, traições, mentiras, infidelidades, tristezas, aparências que cheguei a pensar: "mas como é que esta personagem que, enquanto adulto, com este comportamento tão recriminável pode dar-se ao luxo de criticar ou ser a favor de uma bofetada?".
Entendem o que digo? Considero a bofetada um acto a condenar, contudo, antes de fazermos qualquer julgamento moral, temos de ter noção das circunstâncias em que acontece, se é um acto isolado, qual foi o comportamento da criança, qual a sua educação, qual o seu background familiar. E depois fiquei mesmo tão chocada com as vidas dalgumas personagens que não lhes reconhecia o direito de julgarem o adulto que deu a bofetada ao miúdo sem antes se analisarem a si mesmas e modificarem comportamentos pessoais, familiares e sociais.
Na minha opinião, é um livro que vai muito além do tema da bofetada. Uma leitura que recomendo pela sua intensidade, dureza, objectividade e riqueza de temas e personalidades e comportamentos.
Um livro que nos faz reflectir sobre os comportamentos, as vidas, as atitudes que tomamos. E, no que se refere, à bofetada que nos faz pensar sobre a importância da educação familiar no comportamento futuro da criança: uma criança não age, de certa forma errada, fazendo birras sem razão aparente, se tiver um ambiente familiar saudável e uma estrutura familiar potenciadora de uma educação e de uma conduta exemplar.
CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!
2 comentários:
Tenho imensa vontade de ler esse livro Diana! E ao ler a tua opinião ainda fiquei com mais vontade. !
beijinhos*
Diana eu aconselho :)
Tem um tema polémico e além disso o autor faz uma análise e crítica profunda à sociedade australiana.
É muito interessante na minha opinião.
Beijinhos
Enviar um comentário