quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Aurora Boreal" de Asa Larsson: OPINIÃO

Não sei porquê mas parece que quem gosta de policiais se sente cada vez mais atraído pelos policiais de autores suecos.

Parece estar a acontecer uma vaga de publicações de bons policiais suecos e como é mais que óbvio, assim que li a sinopse do livro "Aurora Boreal" de Asa Larsson soube que o livro teria de ser meu.

Quando vi o nome Larsson associei logo a Stieg Larsson e ainda me questionei se seriam família mas não é o caso. No entanto, a escrita é igualmente muito interessante.

Quando o corpo de Viktor Strandgård, o pregador mais famoso da Suécia é encontrado na igreja todos se questionam sobre quem será o assassino. Inevitavelmente e, porque foi a irmã de Viktor a encontrá-lo sem vida, as suspeitas recaem automaticamente sobre ela.

Sanna, irmã de Viktor, vendo-se envolvida nesta complexa situação e afirmando-se inocente, acaba por pedir ajuda a uma amiga da adolescência, Rebecka Martinsson, que é advogada em Estocolmo. Rebecka acaba por se deslocar a Kiruna, onde decorre a maior parte da acção, sendo que acaba por se ver envolvida nos meandros deste crime ao tentar defenda Sanna.

Ao longo do livro somos confrontados com outros personagens, nomeadamente o grupo de religiosos que trabalhavam com Viktor e que, ao depararem-se com o interrogatório da polícia tentam (sem sucesso pelo menos na minha opinião) mostrar que não tiveram qualquer envolvimento com este crime. Desde que me deparei com estas personagens que fiquei logo com a "pulga atrás da orelha".

No desenrolar da acção, vamos ainda conhecer Anna-Maria Mella, uma inteligente e peculiar polícia grávida, que acompanhará o decurso desta investigação, dando apoio a Rebecka e a Sanna.

Com uma componente religiosa forte este livro leva-nos para uma pequena cidade onde a Bíblia é recorrentemente referida nas bocas daqueles que aparentemente servem Deus.

Agradou-me o ritmo do livro, a acção, as personagens, as suas histórias, o seu passado e os seus segredos interligados.

Mexeu comigo o facto de supostos "religiosos" me soarem tão falsos e usarem o nome de Deus como justificação de tudo.

É um bom policial na minha sincera opinião, com uma escrita fluída e um conjunto de segredos do passado que envolvem a grande maioria das personagens, deixando-nos com a ânsia de ler mais e descobrir afinal quem matou Viktor.

CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!

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