Enquanto leitora uma das características que me pode definir é ser curiosa e quem esteve atento ao período de lançamento desde livro com certeza que se apercebeu do burburinho e polémica que se acendeu em torno deste "O Último Segredo" do autor José Rodrigues dos Santos.
Uma vez que esta novidade visa abordar a verdadeira identidade de Jesus Cristo e as falsidades constantes na Bíblia e sendo eu uma leitora curiosa fiquei imediatamente com vontade de ler este livro quando foi lançado.
Tendo em conta que o autor desafio do mês de Julho era José Rodrigues dos Santos aproveitei finalmente para satisfazer a minha curiosidade.
Finda esta leitura à que salientar que foi a temática em si que me levou a ler este livro.
José Rodrigues dos Santos traz-nos novamente a sua personagem principal - o historiador e criptanalista Tomás Noronha e esta personagem assume importância no enredo quando há um homicídio na Biblioteca Vaticana e é deixada uma estranha mensagem junto ao corpo que necessita ser decifrada.
Tomás Noronha acaba por acompanhar Valentina Ferro - a bela inspectora da Polícia Italiana encarregue do caso - no decurso da investigação para se desvendar este e outros mistérios.
É esta mensagem estranha deixada junto ao corpo que dá o mote para o autor José Rodrigues dos Santos nos dar a conhecer as diversas mentiras apresentadas na Bíblia através da voz de Tomás Noronha.
Enquanto leitora senti que grande parte do livro foca a apresentação destas mentiras e devida fundamentação com base em transcrições de textos sagrados até que a partir de certo momento a acção começa então a desenvolver-se no sentido de descobrirmos o motivo por detrás deste crime e doutros entretanto ocorridos.
"O Último Segredo" prendeu-me inicialmente pela temática tão polémica, mas ao mesmo tempo tão bem fundamentada e depois cativou-me pela acção em si que leva ao desvendar das motivações por detrás dos crimes.
Terminada esta leitura consigo compreender toda a controvérsia gerada em torno deste livro, dado que é um livro que por focar algo tão vincado como a religião católica acaba por suscitar nos leitores sentimentos muito pessoais que envolvem fé e crença.
Como leitora embarquei nesta leitura não com a intenção de avaliar se o que o autor apresenta sobre a identidade de Jesus Cristo era verdadeiro ou falso mas com a vontade de ficar a saber algo novo.
Enquanto enredo "O Último Segredo" não nos traz algo de extremamente complexo, visto que o autor nos dá a conhecer um núcleo de personagens relativamente pequeno. Além disso, as personagens não primam por uma excepcional profundidade emocional ou por uma riqueza de personalidade extraordinária. Considero que estes aspectos relativos à riqueza das personagens, enredo e narrativa se devem muito ao enfoque principal que incide na apresentação dos enigmas da Bíblia, não dando às personagens o espaço e contexto necessário para o seu desenvolvimento.
A parte do livro mais dedicada à apresentação de factos religiosos pode desagradar aos leitores que apreciem narrativas mais céleres e repletas de acção, sendo que para mim esta parte acabou por me cativar por me ensinar tantos factos que eu desconhecia.
Por fim, ao terminar esta leitura e ao descobrir a razão dos crimes cometidos achei curioso ter ficado em mim a sensação de que, apesar de tudo o que o autor José Rodrigues dos Santos apresentou sobre os enigmas da Bíblia e a verdadeira identidade de Jesus Cristo, o que acaba por sobressair inatamente é a necessidade humana de acreditarmos em algo.
CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!
2 comentários:
Também gosto muito do autor. Este livro ainda não o li, mas ao ler a tua crítica fez-me lembrar do Codigo Da Vinci... Há semelhanças?
Bom dia,
Não posso dizer se há semelhanças porque não li O Código da Vinci.
É verdade que o autor Dan Brown costuma colocar nos seus livros mensagens e enigmas que necessitam de ser decifradas mas penso que essa será a única semelhança a apontar entre estes 2 autores neste caso porque "O Último Segredo" tem esta temática tão específica.
Boas leituras!
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