quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Novidade Clube do Autor - "A Terra Mãe": Março


A Mãe Terra
de Jean Auel
Edição: 2013
Páginas: 584
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789897240584

No próximo dia 7 de Março chega às livrarias A Mãe Terra

Sobre ele escreveu o The New York Times que nos dá uma perspetiva magistral da cultura humana. (…) Apaixonante, imaginativa e consistente. 

Será por isso que Jean M. Auel tem mais de 45 milhões de leitores em todo o mundo?

Uma das mais populares sagas sobre a Europa Pré-Histórica. Um extraordinário fenómeno literário que combina o rigor científico com uma imaginação prodigiosa.

Sinopse:

Para se tornar na líder espiritual do seu povo, Ayla empreende uma emocionante viagem na qual descobrirá o fascínio e o misticismo das cavernas sagradas e das suas pinturas rupestres. Há muitos anos, Ayla foi expulsa do Clã do Urso das Cavernas. Sozinha, viajou pelo continente europeu, conhecendo novos povos e hábitos, até que finalmente encontrou Jondalar, a sua alma gémea. Juntos, estabelecem-se na Nona Caverna — o abrigo de pedra que era o lar de Jondalar —, com a sua bebé, Jonayla, e os restantes membros do clã. Ayla foi escolhida como acólita e embarcou na árdua tarefa de se tornar líder espiritual e curandeira, que tenta conciliar com as suas ocupações de jovem mãe. Ayla e Jondalar não tardam a enfrentar novos desafios, dadas as dificuldades de sobrevivência na época, mas a sua prioridade é cuidar da filha e do bem-estar dos seus animais: Lobo e os três cavalos, Whinney, Racer e Gray. 

À medida que Ayla se embrenha na aprendizagem espiritual, sente-se cada vez mais só e com saudades da família. Os ritos aproximam-na perigosamente da morte, mas é graças a eles que Ayla recebe o Dom do Conhecimento, uma revelação tão importante sobre a procriação humana que irá mudar o mundo para sempre. 

Caçadas, cerimónias sagradas e ritos matrimoniais são apenas alguns dos episódios que Jean Auel retrata com mestria. A autora reconstrói o modo de vida na Pré-História e faz deste livro uma criação histórica cativante, rigorosa e inesquecível.

Para quem não conhece a autora, aqui fica uma breve entrevista:

É conhecida mundialmente pelo rigor científico com que escreve acerca das suas investigações arqueológicas. Quais são as suas fontes?

A maior parte da informação resulta de horas e horas de trabalho em bibliotecas, mas também tenho aprendido muito perguntando, frequentando cursos e viajando. Participei, por exemplo, num curso de sobrevivência no Ártico e num outro sobre os indígenas, em que aprendi, por um lado, como viviam e, por outro, como preservar a pele de veado e aproveitá-la para criar peças de vestuário. Frequentei igualmente alguns seminários para aprender a identificar plantas silvestres e também um curso de cozinha em que aprendi a utilizá-las. As capacidades da Ayla enquanto curandeira resultam de aprendizagens várias recolhidas em livros que ensinam a prestar os primeiros socorros, em manuais sobre ervas medicinais e naquilo que aprendi ao longo do tempo com médicos, enfermeiras, paramédicos, etc.
 
Neste livro, as pinturas rupestres ocupam um lugar de destaque. Visitou algumas das cavernas de que fala em A Mãe Terra?

Sim, visitei todas as cavernas descritas no livro e posso dizer que a sensação de ali estar é indescritível. No seu interior sente-se uma ligação muito forte com quem fez aquelas pinturas. Aliás, visitar esses locais faz parte do meu trabalho de investigação história, e é algo que me dá particular prazer. De todos os espaços que já tive oportunidade de visitar, destaco a visita ao Abrigo do Lagar Velho, na zona de Leiria, a primeira sepultura do Paleolítico Superior da Península Ibérica. Nesse local foi descoberto o «Menino do Lapedo», cujo esqueleto provou o contacto entre o homem de Neandertal e o Homem Moderno (Homo sapiens) e o cruzamento entre espécies.
 
Quanto de ficção e quanto de realidade encontramos na sua obra?

Embora baseados em factos reais, os meus livros são um trabalho de ficção. De há 30 000 anos restam-nos apenas alguns objetos feitos em pedra ou osso, ADN recolhido de alguns vestígios de sangue de animais ou pólen de plantas medicinais encontrados em túmulos dessa época.

É apaixonante investigar um esqueleto do Neandertal: estudando os seus ossos podemos descobrir, por exemplo, se o falecido perdera um olho quando era jovem, se fora amputado de um braço ou coxeava. Com estas características seria impossível, por exemplo, que este homem participasse na caça aos mamutes. E a partir daqui podemos questionar-nos: por que razão perdeu o braço? Quem lhe estancou a hemorragia? Como conseguiu sobreviver com estas limitações e chegar à velhice? Com certeza tinha alguém a seu lado, alguém que o amava. Ou será que a sua cultura protegia os mais débeis e desprotegidos? Em qualquer dos casos, facilmente se percebe que os nossos antepassados não eram brutos.
 
E depois deste livro, o que se segue?

Continuo a investigar e tenho já muitas ideias. Todavia, neste momento, não tenho qualquer plano em concreto. Mas não tenho dúvidas: vou continuar a escrever.


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