Este foi daqueles livros que quando o terminei de ler pensei "bem tenho de fazer uma pausa e reflectir sobre o livro."
Não é um daqueles romances com uma daquelas histórias de amor que tantas vezes encontramos nos livros.
O autor Jostein Gaarder tem a capacidade de escrever de uma forma particular que nos leva a reflectir sobre o que lemos.
Em "O Castelo dos Pirenéus" vamos conhecer Solrun e Steinn que no passado viveram uma história de amor intensa e que, após 30 anos, se encontram por coincidência ou não (fica ao critério do leitor) no mesmo hotel onde viveram esse amor apaixonado.
Mas ao lermos a sinopse poderíamos pensar que íamos embarcar numa história onde este casal iria reviver o seu amor após 30 anos mas não. Vamos sim acompanhar a troca de emails entre este casal e vamos, sobretudo, acompanhá-los na troca de ideias, de reflexões, de perspectivas e entendimentos sobre si, sobre o que acreditam, sobre o mundo, sobre a vida e a morte, a existência de coincidências, sobre o normal e o paranormal.
Senti que foi um romance que me fez reflectir mesmo. Por um lado, temos Solrun cuja perspectiva sobre uma série de aspectos mudou ao longo da vida e que tem uma capacidade de análise mais abrangente e fora do que é habitualmente pensado e, por outro, temos Steinn, alguém com uma formação científica, muito objectivo e, portanto, muito céptico na análise das situações.
E, depois temos ainda a revivência via emails sobre um acontecimento comum do seu passado que acabou por influenciar o distanciamento entre Solrun e Steinn.
Por fim, temos um final que eu não esperava e que me deixou a questionar e a reflectir sobre a vida e sobre a forma como as coisas acontecem.
É, com certeza, um livro a ler, a saborear e a reflectir.
CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!
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