É do senso comum que o futebol é um fenómeno universal. No entanto, não passava pela cabeça de ninguém, muito menos na do Pedro a viver no norte de Portugal, que uma viagem com a mãe e um jogo de futebol seriam as razões decisivas para que grandes amizades se fizessem naquelas férias de Verão em África.
Foi a sentir o ar quente e húmido e a deambular pelas ruas adornadas pelas famosas acácias rubras e rosas de porcelana, que os amigos descobriram o Palácio Cinzento numa das praças de Benguela, um edifício imponente e misterioso, devidamente guardado, mas com muito para descobrir.
Trata-se de uma incrível peripécia, que se destaca pela fantasia e imaginação e para a qual contribuíram: a curiosidade do Pedro recentemente chegado de Portugal, a força de Palanca e a cultura de Ginga dois irmãos Caluandas e a perspicácia e sabedoria tradicional de Nuni Kulunga oriundo da província do Cunene.
São aves migratórias, os professores de quem falo. Seres errantes que vagueiam de escola em escola. São de lugar nenhum. Tudo é breve: rostos, paisagens, afectos. E a vida abrevia-se num longo voo de silêncio e solidão. Contextos pedagógicos e rupturas psíquicas são os pilares deste livro que, partindo de uma experiência pessoal, questiona a escola dos nossos dias. Precariedade, mobilidade e desenraizamento, indisciplina, bullying e humilhação desenham o «fio da navalha» que precipita a depressão.
O pai dela é um coiote mas ela nunca tinha visto coiotes comportarem-se assim. A sua própria origem é-lhe desconhecida, pois não é completamente humana mas também não é animal. Sabe o som da palavra, conhece o fogo. E nenhum outro animal se parece com ela; caminha, alimenta-se ou pensa como ela. Apenas uma outra criatura improvável abre portas à (sua) descoberta — um lobo com traços de homem e que esconde um mágico segredo. Juntos seguem pelo caminho vermelho na floresta em busca das respostas e da resolução dos mistérios. O que encontram traz de volta velhas memórias e revelações. É uma história de procura de personagens perdidas num limbo entre um corpo e uma mente que parecem estar errados, e que se vêem obrigadas a viver uma intimidade forçada, a substituir as palavras por gestos e olhares.
Do avesso. É desta forma que a autora se apresenta neste conjunto de textos compostos, de forma dispersa e aleatória, pelo tempo. Partindo «de dentro», escreve impressões e sentimentos íntimos que, página a página, lentamente, caminham «para fora», em direcção ao mundano, levantando e respondendo a questões prementes do nosso quotidiano.
Livro de poesia livre, de temática diversificada – fala-nos, no fundo, da vida –, que versa sobre o quotidiano, assumindo, por vezes, a crítica social mordaz.
Após dois anos a esconder um amor incondicional por Marta, Sam pensa revelar à melhor amiga aquilo que sente, mas as dúvidas começam a surgir-lhe à medida que entra em algo novo na sua vida. Ao longo de toda a história, esse amor mostra-se mais forte, mas algo irá acontecer.
É num registo fluido e em mensagem ficcionada que Isaac Barradas escreve para aqueles que mais o compreenderão: trata-se de um livro de e para adolescentes, em jeito de homenagem a uma das fases mais intensas da vida, esse futuro pretérito imperfeito que jamais será esquecido.
“Sê livre e faz da consciência a tua coroa,
Pois em cada esquina serás ensinado
Para assumires a difícil proa
Do novo mundo que está a ser criado.
Então, quando completares o teu ser,
Sei que duvidarás da simplicidade,
Mas logo aceitarás esse novo querer
Que te puxará para a verdade.
Afinal, foi na casa da vida
Que eu aprendi a ser quem era,
E lembro-me que a breve despedida
Mais não foi do que uma longa espera.”
Neste romance a autora narra a história duma mulher, realizada profissionalmente, que encontra o grande amor da sua vida e que, depois de conseguir superar os obstáculos que lhe aparecem, consegue ficar com ele. É, portanto, uma história feliz duma mulher feliz cuja vida nem sempre é um mar de rosas, pois há problemas a resolver, obstáculos a ultrapassar, desgostos a superar, apenas amenizados porque tem a seu lado um grande amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário