Mais do que a sinopse foi a frase da capa que me despertou o interesse: "Um prisioneiro escapa na mesma noite em que a ex-namorada é assassinada. Seria possível uma coincidência?".
Iniciei a leitura de "O Rei dos Diamantes" do autor Simon Tolkien com expectativa e deparei-me com um livro onde sobressaem personagens com personalidades negras e obscuras e o clima de suspense.
David Swain foi condenado por ter matado o amante da ex-namorada e na noite em que foge da prisão a sua ex-namorada Katya, sobrinha do importante Titus Osman, é assassinada.
O inspector Bill Trave fica encarregue do caso e a antipatia pessoal que sente por Osman, tio da vítima, tolda-lhe a sua capacidade e objectividade profissional; afinal, a mulher com quem esteve casado - Vanessa - tem agora uma relação recente com Titus Osman o que coloca em conflito, de forma clara, os domínios profissional e pessoal/familiar.
À medida que o leitor vai avançando na leitura começa a questionar-se se David Swain é realmente culpado ou se um homem inocente foi injustamente condenado.
Enquanto que a intuição do inspector Bill Trave lhe diz que Swain é inocente, vamo-nos apercebendo, não só de que existem ligações pessoais complexas e misteriosas entre personagens, mas também que estas, além de estarem carregadas com auras de suspeição, poderão estar protegidas pela sua riqueza e posição social.
Trave embarca numa luta contra os seus superiores hierárquicos para provar a inocência de Swain e encontramos um livro onde a acção vai cativando o leitor de forma gradual à medida que o autor vai desvendando alguns mistérios.
A narrativa torna-se mais intensa com o desenrolar da trama e com a revelação de certos factos.
"O Rei dos Diamantes" tem como pano de fundo o comércio de diamantes e este é um livro que conjuga crimes, mistério, dicotomia bem/mal e passado/presente e relações humanas.
Só entendemos os crimes do presente e as suas motivações à medida que vamos descobrindo o passado de certas personagens.
"O Rei dos Diamantes" conjuga na perfeição thriller e vertente histórica. O autor Simon Tolkien releva-nos a sua capacidade de escrita não só pelo enredo intrincado que constrói, mas também pela envolvência histórica que se vai tornando cada vez mais visível com o avançar da acção.
CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!
1 comentário:
Dica anotada, porém, passei para desejar um 2013 bem diferente...além de paz, prosperidade e alegrias para nossos seguidores...meu desejo é que haja mais poesia para alegrar a vida!
Abraço do Pedra do Sertão
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