terça-feira, 9 de julho de 2013

"A Mentira Sagrada" (Luís Miguel Rocha): OPINIÃO!

Dedicar-me aos livros do autor Luís Miguel Rocha tem vindo a revelar-se um verdadeiro prazer e, embora não tenha apreciado tanto "Bala Santa" como "O Último Papa", a verdade é que parti para a leitura d' "A Mentira Sagrada" com muita curiosidade.

Finda a leitura não posso deixar de constatar que a narrativa d' "A Mentira Sagrada" me envolveu desde o início e fui gradualmente sendo aprisionada por um enredo, não só repleto de mistério, mas também marcado por uma acção célere.

Em "A Mentira Sagrada" deparamo-nos com algumas questões fulcrais, nomeadamente, o que aconteceu verdadeiramente a Jesus Cristo? Terá sido mesmo crucificado? Tenho de admitir que a abordagem sobre uma temática que provoca reacções no domínio da crença religiosa e pessoal de cada um confere uma aura de polémica e incerteza muito apelativa para mim enquanto leitora.

Não sendo surpresa, voltamos a encontrar-nos com Sarah e Rafael que aos poucos temos vindo a conhecer, mas que neste "A Mentira Sagrada" se encontram em momentos muito particulares das suas vidas: Sarah continua a questionar-se sobre os seus sentimentos em relação a Rafael, mas a sua situação emocional actual coloca-se perante uma encruzilhada, enquanto que Rafael ao ver-se envolvido num mistério que aponta para informações religiosas muito diferentes daquelas que lhe foram desde sempre incutidas se vê confrontado com dúvidas no que toca à sua própria fé.

O autor Luís Miguel Rocha volta a oferecer ao leitor personagens já suas conhecidas, personagens essas que continuam a espantar revelando-se verdadeiras caixinhas de surpresa, suscitando no leitor uma questão persistente: afinal de que lado estão certas personagens?

Com o decorrer da acção voltamos a viajar por pontos geográficos distintos, ao mesmo tempo que somos transportados para o "mundo" do Vaticano onde mais uma vez vemos manipulações, jogos de poder, "lutas" de personalidades e acontecimentos que devem permanecer "dentro de portas" e sem ser revelados ao mundo com o intuito de manter a imagem da Igreja Católica imaculada.

O enredo constituído por um conjunto de personagens fortes e ricas em termos de personalidade, aliado a um ritmo de acção marcado por surpresas e reviravoltas inesperadas consegue prender a atenção do leitor, levando-o por uma leitura fluída e envolvente.

Terminada a leitura d' "A Mentira Sagrada" fica a enorme vontade de ler "A Filha do Papa" na ânsia de descobrir que novos mistérios o autor Luís Miguel Rocha nos reserva.

CLASSIFICAÇÃO: 5. Muito Bom!

1 comentário:

Unknown disse...

Comecei a ler agora e partilho para já da sua opinião! Estou a gostar bastante! :)