Depois de em Abril ter lido "O Último Papa" do autor Luís Miguel Rocha, em Maio chegou o momento de ler "Bala Santa" e espreitar não só com que nova história nos iria brindar o autor, mas ver também a evolução das aventuras de Rafael e Sarah.
"Bala Santa" remete-nos para 1981, ano do atentado contra o Papa João Paulo II e envolve-nos numa narrativa que nos transporta para os meandros por detrás desta conspiração, ao mesmo tempo que nos dá a conhecer mais profundamente um dos Papas mais importantes e acarinhados pelos crentes da Igreja Católica.
Mais uma vez, o autor Luís Miguel Rocha reparte a sua narrativa entre passado: ano de 1981 e toda a envolvência do atentado contra João Paulo II e actualidade (2006), um ano depois de Rafael e Sarah se terem cruzado e vivido a aventura alucinante que nos foi dada a conhecer em "O Último Papa".
Além de Rafael e Sarah voltamos a encontrar outras personagens do livro anterior e deparamo-nos com uma mudança nas suas opiniões e comportamentos diferentes, o que nos leva a questionar a sua posição, a sua atitude e a sua veracidade.
O enredo é mais uma vez constituído por conspirações, mentiras, jogos, manipulações, aspectos esses que são foco essencial das narrativas de Luís Miguel Rocha e que conferem uma acção rápida e interessante à leitura.
Em "Bala Santa", o autor Luís Miguel Rocha volta a trazer-nos um thriller que cativa, não só pelo seu enredo misterioso e cheio de suspeitas e conspirações, mas também pela diversidade de informação que nos dá a conhecer no que toca ao Vaticano, pelo que desperta no leitor a curiosidade de saber se as informações descritas são verdadeiras e, se sim, como terá o autor acesso a elas. O facto do autor ter acesso a informações tão confidenciais acaba por tornar a leitura ainda mais intrigante.
Contudo, é inevitável que ao ler este "Bala Santa" tenha feito comparações com o livro anterior - "O Último Papa" e finda esta leitura fiquei com a nítida sensação de que apreciei mais "O Último Papa", tendo-o achado com uma acção mais célere. Talvez o facto de ter prolongado a leitura de "Bala Santa" por muitos dias me tenha distanciado um pouco mais da mesma, pelo que não senti aquele efeito que tanto adoro de ficar agarrada às páginas e devorar o livro como aconteceu com "O Último Papa".
Não obstante, "Bala Santa" afigura-se-nos como uma leitura interessante que na aproximação do final sofre um crescendo na acção, deixando o leitor em pulgas para o mistério seguinte que nos será trazido em "A Mentira Sagrada", livro esse que tenciono ler este Junho.
CLASSIFICAÇÃO: 4. Bom!
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